Principais conclusões:
- Pela primeira vez na história, o nível de ocupação entre março e abril ficou abaixo de 50%, ou seja, mais pessoas estavam sem trabalho do que trabalhando em todo o país, segundo a PNAD-Covid do IBGE.
- A Rede de Pesquisa Solidária detectou que 75% da queda das horas trabalhadas no Brasil se devem à suspensão de contratos e à redução da jornada. Os outros 25% decorrem da inatividade.
- O crédito anunciado pelo governo federal não chegou às empresas e limitou o potencial da MP 936, cujo gasto previsto atingiu apenas ¼ do estimado inicialmente.
- Boa parte dos trabalhadores desligados ficou excluída do Seguro Desemprego e sem acesso à renda compensatória por não cumprirem os requisitos definidos pelo governo.
- A combinação da ineficácia do crédito, desemprego e falta de acesso ao auxílio emergencial foi responsável pela falta de efetividade da MP 936 e se expressou na brusca queda da renda.
- A renda média das famílias brasileiras caiu R$ 250, principalmente por conta da queda da renda do trabalho. Sem a Renda Básica Emergencial, essa queda teria sido 40% maior (R$350)
- Sem o auxílio emergencial de R$600,00 a taxa de pobreza teria saltado para 30% da população.
Equipe Responsável pela Nota Técnica No.14
Coordenação:
- Ian Prates (CEBRAP)
- Rogério Jerônimo Barbosa (CEM)
Pesquisadores:
- Thiago Meireles (USP)
- Vitor Menezes (USP)
- Sergio Simoni (UFRGS)
- Paulo Flores (USP/CEM)
- Eduardo Lazzari (USP/CEM)
- Hellen Guicheney (CEM)
- Carolina Requena(CEM)
- Heloisa Fimiani (USP)
- João Lucas Oliveira (USP)