Principais Conclusões:
- Na pandemia, o Ministério da Educação não orientou nem difundiu metodologias bem-sucedidas de ensino à distância. Os estados definiram suas próprias estratégias e colheram resultados bem diferentes com as atividades escolares realizadas remotamente;
- Mais de 8 milhões de crianças entre 6 e 14 anos ficaram sem atividades escolares para fazer em casa;
- 30% dos estudantes mais pobres ficaram sem atividades escolares em julho. Entre os mais ricos, foram menos de 4%;
- Os estudantes mais pobres do Sudeste e do Sul tiveram acesso às atividades escolares em proporção semelhante aos mais ricos do Norte e Nordeste;
- Com a omissão do Estado no acompanhamento das famílias mais pobres, a diferença de atividades realizadas em casa, entre pobres e ricos, pode chegar a 224 horas, o equivalente a 50 dias letivos;
- A desigualdade da proficiência em português, entre estudantes de classes baixas e altas, pode dobrar no período. Para matemática, o crescimento da desigualdade pode ser de 70%.
Equipe Responsável pela Nota Técnica No.22
Coordenação: Ian Prates & Hellen Guicheney
Pesquisadores:
- Thiago Meireles (USP)
- Vitor Menezes (USO)
- Eduardo Lazzari (USP/CEM)
- Paulo Flores (USP/CEM)
- Sergio Simoni (UFRGS)
- Carolina Requena(CEM)
- Heloisa Fimiani (USP)
- João Lucas Sacchi de Oliveira (USP)
Colaboração Especial:
- Fabio Senne (NIC.br)
- Daniela Costa (NIC.br)
- Isabela Coelho (NIC.br)