Até o momento, em seus programas de governo, nos debates do primeiro turno e nas entrevistas realizadas, os candidatos à presidência do Brasil têm se esforçado em grande parte em evitar assumir compromissos com metas específicas sobre as principais questões programáticas dos principais problemas do país em jogo na eleição de 2022. Em certo sentido, e de forma contraditória, a elevada polarização política nesta eleição, com a maior concentração entre dois candidatos no primeiro turno desde a redemocratização, tem contribuído para que os candidatos, que estão na frente das pesquisas eleitorais e que agora se enfrentam no segundo turno no dia 30 de outubro, se limitem a compromissos amplos sobre muitos temas chaves. A perspectiva de um segundo turno mais apertado que as previsões iniciais das duas campanhas deve fortalecer as pressões para um debate mais substantivo neste último mês da eleição.