O abismo entre as classes sociais no Brasil fez com que a pandemia atingisse em cheio os mais pobres. Mas, não bastasse isso, a chance de um brasileiro sobreviver à Covid-19 esteve atrelada, desde o começo, a seu gênero e sua raça. É o que demonstra um estudo da Rede de Pesquisa Solidária, baseado em dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde sobre os óbitos por Covid registrados em 2020. Os pesquisadores analisaram as informações de vítimas que tinham profissão registrada no cadastro do SUS. Com isso, apuraram quantos profissionais de cada área morreram na pandemia, mas também quem eram essas pessoas – se eram homens, mulheres, brancos ou negros. O resultado mostrou que, entre grupos menos privilegiados, o risco de morrer de Covid-19 é quase sempre maior do que entre homens brancos. Os homens negros, por exemplo, têm mais risco de morrer não só em profissões de menor remuneração, que geralmente sofrem com maior exposição ao vírus, mas também em carreiras que exigem diploma universitário. As mulheres negras têm risco de morte maior do que homens brancos em todas as profissões que compõem a base da pirâmide social. Confira no =igualdades.
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