Na crise, homens negros e mulheres negras são os mais vulneráveis. Mas surgem “novos vulneráveis”, homens brancos e mulheres brancas em serviços não essenciais

Conclusões

  • A distribuição regional dos grupos de vulnerabilidade é razoavelmente semelhante em todo o país. Mas há nuances. Regiões menos desenvolvidas, como Norte e Nordeste, tem maior participação de trabalhadores em setores essenciais e com vínculos mais frágeis. No Sul, Sudeste e Centro Oeste, a maior vulnerabilidade decorre da grande presença de ocupados em setores não essenciais.
  • A diferença da vulnerabilidade de homens e mulheres é resultado da segregação setorial: homens estão mais presentes em setores essenciais e mulheres nos setores não essenciais.
  • A diferença da vulnerabilidade de negros(as) e brancos(as) é um resultado das diferenças de vínculo: brancas(os) têm vínculos mais estáveis e negras(os) têm vínculos mais frágeis.
  • A pesquisa revelou uma nova dimensão da vulnerabilidade: homens brancos e mulheres brancas são os “novos vulneráveis”: ocupam majoritariamente os setores dominados por pessoas com Ensino Superior Completo e com vínculos mais estáveis, mas em setores essenciais, muito afetados ou não essenciais.
  • Homens negros e mulheres negras formam os grupos sociais “tradicionalmente vulneráveis”: ocupam majoritariamente os setores dominados por vínculos frágeis. Mulheres negras são o grupo mais vulnerável porque também estão mais presentes entre nos setores não essenciais.
  • Os “tradicionalmente vulneráveis” são mais vulneráveis que os “novos vulneráveis”.

Responsáveis

Coordenação: Ian Prates e Rogério Jerônimo Barbosa

Equipe:

  • Jefferson Leal (USP)