Principais Conclusões
- No início de abril de 2021, o estado de São Paulo e o restante do país, permanecem imersos numa enorme crise sanitária e humanitária. Tanto considerando a análise epidemiológica da dinâmica do crescimento da epidemia, como do ponto de vista da saturação do sistema de saúde, a pandemia na sua versão brasileira está mais grave do que nunca.
- A adoção rápida de medidas rígidas mostrou-se imprescindível para a efetividade das estratégias de controle da pandemia em diversos países. Em São Paulo, entretanto, não foi o que prevaleceu em 2020 e no início de 2021. Ao longo de 2020, o estado de São Paulo permaneceu em uma estratégia zigue-zague, que persiste em 2021. Portanto, não se consegue controlar a disseminação do coronavirus.
- As estratégias para enfrentar a pandemia em março de 2021 no estado de São Paulo foram menos rígidas e menos consistentes do que as adotadas em março e no início abril de 2020. A fase mais rígida do plano de contenção do governo estadual, chamada de “Fase Emergencial”, teve duração de apenas 29 dias.
- A insistência de manter um plano de contenção com medidas mais flexíveis, juntamente com a falta de um programa consistente de testagem de casos ativos, rastreamento de contatos e apoio para o isolamento de pessoas com testes confirmados e suspeitos no atual momento, contribui para que São Paulo continue sendo o epicentro da pandemia no país.
Equipe responsável pela Nota Técnica No.29
Coordenação
- Lorena Barberia (USP)
- Tatiane Moraes (Fiocruz)
- Brigina Kemp (COSEMS/SP)
- Vera Paiva (USP)
- Maria Amélia de Sousa Mascena Veras (Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo)
Pesquisadores
- Dara Pinto (USP)
- Isabel Seelaender (USP)
- Marcela Mello Zamudio (USP)
- Pedro Schmalz (USP)
- Natalia de Paula Moreira (USP)
- Maria Letícia Claro de F. Oliveira (USP)
- Luiz Guilherme Roth Cantarelli (USP)
- João de Oliveira Gusmao (USP)
- Felipe Vilela (USP)
- Rebeca de Jesus Carvalho (USP)
- Maíra Meyer (USP)
- Gustavo Fernandes de Paula (USP)
- André Garibe (USP)